segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Poder das Velas

Bom dia!
Awré!

A vela é o mais simples e mais poderoso instrumento de fé.
Ela é conhecida desde a antiguidade em cultos religiosos e de passagem. Por si só, a vela engloba os 4 elementos: a terra, o ar, o fogo e a água. A vela, numa expressão individualizada, consagra todas essas forças num propósito único: iluminar.
O ato de acender uma vela é uma forma de levar o seu pedido, iluminado, até o plano etéreo. A vela é a mensageira de nossos desejos e continua por nós a nossa vigília. Busca sempre uma ascensão vertical e o desejo de transformação.
A chama é só e deseja permanecer solitária, sugerindo uma ideia de unicidade, de luz pessoal. Mesmo quando perturbada pelo vento, seu vigor diminui mas se reergue. Na chama, em seu ardor, visualisamos a força extraordinária do bem, o poder (des)construtivo e transformador da fé e a união entre Deus e nossa alma.
A vela ela está presente na alegria e na dor, na fé, na devoção e até na cura. É companheira de todas horas.
Culturalmente, figura nas comemorações de aniversário e nas preces e orações a Deus.
Dentro das expressões espirituais e religiosas de todo o mundo, as velas sempre foram utilizadas na maior parte dos ritos em que se precisa realizar algum contato com forças superiores ou inferiores, isto, claro, dependendo do desejo de quem vai se utilizar das forças ocultas.
Outra expressão de seu simbolismo aparece quando utilizada nos enterros, aos pés do defunto, representando a "luz da alma", a "chama espiritual", ou mesmo a perenidade da vida e a claridade do paraíso.

Para maiores informações, escreva-nos: contatoilease@gmail.com

Asè!

sábado, 24 de maio de 2014

Eru Yà!

Bom dia!
Awré!

Yemanjá… A divindade africana mais democrática, popular e louvada no Brasil. Por que? Porque Ela é Mãe. 
Ela é Mãe dos que tem fé, dos que amam, dos que erram e dos que perdoam sinceramente. 
Yemanjá é fascinada pelos seus filhos. Os ama com todos os defeitos e os conhece como ninguém mais. 
Seu reino, o mar, é sempre procurado pelos que buscam paz. 
Yemanjá é Mãe de Oxóssi e minha também. Yemanjá, Mãe dos peixes. Sim, eu sou Seu peixe também. 
Muito obrigado Mãe, pelo seu amor! 
Muito obrigado Mãe, pelas bençãos, pela pesca de cada dia, pelo Ori dara, pelo conhecimento, pela sabedoria, por enlouquecer quem deseja e faz o mal a mim e aos meus, por me permitir hoje dissernir o joio do trigo. 
Muito obrigado Mãe, pelos filhos que tenho . Proteja-os quando eu não puder, ilumine seus caminhos e cubra-os com o seu fabuloso amor! 
Ajude-me a ser sempre merecedor da Sua companhia! 
Odoyà! Eru Yà!

Asè!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

“Eu cheguei vestido de Rei, quem me chamou?”

Bom dia!
Awré!

Papai Odè me permitiu sentir o amor imensurável do Orisà usando a minha fé.
Amor de santo é imenso, mágico, renovador, capaz de proteger, perdoar, libertar, transformar…
Amor de santo me permitiu renascer, gerar, criar, ensinar, educar e sobretudo, aprender.
Amor de santo é que me orienta, que me protege, que me torna melhor hoje do que fui um dia.
Lembro-me de como cada um dos meus filhos vieram à Terra… Então como, diante de amor indescritível, amor de pai, abandonar a raíz, a fé?
Tal qual Opaoka, a Mãe do meu Pai Caçador, minhas folhas caem para que outras nasçam... mas minhas raízes continuam bem firmes. Firmes em minha fé.

Asè!

"Eu cheguei vestido de rei
Quem me chamou
Eu cheguei vestido de rei
Mutalambô
Eu vi que o vento zuniu
Eu vi que a folha caiu
Eu vi que relampeou
Eu vi que a mata rompeu
Eu vi que a flecha correu
Eu vi que a porta bateu
Chegou meu pai caçador
Eu cheguei vestido de rei…
É o dono do matagal
É guardião do embornal
É o chefe da guarnição 
Ele é da casa real
Ele é quem briga com o mal
Ele é o meu capitão"

Maria Bethania

quarta-feira, 21 de maio de 2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

domingo, 11 de maio de 2014

Mae Nanã


Bom dia!
Awré!

As divindades do candomblé, Pais e Mães, representam elementos da natureza. Essa simbologia nos ajuda a compreender os elos fraternais que permeiam nossa existencia.
Nesse dia das Mães, comemorado numa semana onde a Terra sofreu grandes tremores em varias partes do mundo, consideramos que nao havia melhor momento para conhecermos melhor Mãe Nanã, a Deusa da vida e da morte.
Nanã, a Deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo. Quando Odudua separou a água parada e liberou do “saco da criação” a terra, no contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os grandes fundamentos de Nanã.
Nanã sintetiza morte, fecundidade e riqueza. O seu nome remete à pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jeje, da região do antigo Daomé, significa “Mãe”. Nessa região, onde hoje se encontra a República do Benin, Nanã é muitas vezes considerada a Divindade Suprema.
Sendo a mais antiga das Divindades das Aguas, ela representa a memória ancestral do nosso povo. É Mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré, mas por ser a Deusa mais velha do candomblé, é respeitada como Mãe por todos os outros orixás.
Nanã é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte. Ela é a origem e o poder. Entender Nanã é entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a terra, pois Nanã é a História. Nanã é a água da vida e da morte.
Nanã é o começo porque Nanã é o barro e o barro é a vida. Nanã é a dona do asè por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência. E a senhora dos ibás que permite o (re)nascimento dos deuses e dos homens.
Nanã pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo o ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, as pessoas que praticam boas ações, que vivem preocupadas com a sua elevação espiritual e desejam ao próximo o mesmo que para si mesmos, só esperam da vida dias cada vez melhores e tem a morte como algo natural, inevitável e parte do ciclo da vida.
Nanã, a Mãe maior, é a luz que nos guia, o nosso quotidiano. Conhecer a própria vida e o próprio destino é conhecer Nanã, pois os fundamentos dos orixás e do Candomblé estão ligados à vida. A nossa vida é o nosso orixá.
É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nanã. Respeitada e temida, Nanã, Deusa das chuvas, da lama, da terra, Juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
Que esse dia das Mães, a sabedoria da anciã Nanã, cubra nossos oris e nos permita um recomeço. Que, cobertos por sua bençao, possamos compreender e respeitar a Terra, o ciclo da vida e os laços afetivos que nos faz a todos, irmaos.
Asè

sexta-feira, 9 de maio de 2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Ogam

Bom dia!
Awré!



"Ogam, do yoruba ga "pessoa superior, chefe", é o nome dado a diversas funçoes exercidas apenas por homens dentro de uma casa de candomblé. Certamente é a funçao masculina mais conhecida na hierarquia do candomblé. Escolhido pelo orisa do sacerdote para estar lucido durante todos os trabalhos, ainda sim possui forte intuiçao espiritual.
O ogam na maioria das casas também é chamado de pai. O cargo de ogam é muito importante, porque sao eles os responsaveis, entre outras funçoes, pelo toque dos atabaques, instrumentos considerados sagrados. O ogam Alagbe (Ketu), Kambono (naçoes Angola e Congo) ou Runto (Jeje) é o responsavel pelo Rum.
Os atabaques chamados de Ilu (ketu) e Ngoma (Angola) sao responsaveis por manterem a vibraçao do toque, através do qual o orisa se manifestara. Na naçao Jeje, o atabaque maior é chamado de Rum e os outros dois de Rumpi (médio) e Le (menor).
O ogam exerce um papel de grande relevancia e para exerce-lo é preciso muita responsabilidade, e sobretudo, muito amor."

Obrigado (a) a todos os ogans pelo toque dos nossos atabaques, pela energia capaz de manter nossa espiritualidade viva!

Asè!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

sábado, 3 de maio de 2014

Ganhando estrelas

Bom dia!
Awré!

Porque tudo na vida é sempre uma questao de olhar o copo meio cheio ou meio vazio...


Asè!